segunda-feira, 9 de novembro de 2009

VENCENDO O DESÂNIMO


O verbo "desanimar" vem da negação de "animare" que significa "dar alma". Logo, desanimar é ficar "sem alma", "sem força", "sem movimento", "sem coragem". Provavelmente todos nós sabemos, na prática, o que isso significa. Quando leio os escritos do apóstolo Paulo tenho a impressão de que ele se sentiu desanimado algumas vezes. Mas, também, lendo o que ele escreveu percebo que ele soube vencer o desânimo. Paulo por causa de sua fé em Cristo, foi açoitado durante seu ministério, cinco vezes pelos judeus. Foram trinta e nove açoites todas as vezes que o pecavam. Um triste total de 195 açoites. Três vezes foi fustigado com varas; uma vez foi apedrejado e tido como morto. Paulo experimentou o terror de um naufrágio por três vezes. Perigos sem conta. Perigos de salteadores, perigos entre o pessoal de sua própria nacionalidade, perigos entre estrangeiros, perigos na cidade, no deserto e entre falsos irmãos (2 Coríntios 11.24-28). Paulo tinha tudo para ser um desanimado, um deprimido, um suicida em potencial. No entanto, ao escrever sua segunda carta aos cristãos da cidade de Coríntios, ele ressalta o poder de Deus, o mesmo poder que ressuscitou Jesus Cristo e que o movia no cotidiano. O poder que o enchia de esperança. Então disse: "Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre." (2 Coríntios 4.16-18).Para vencermos o desânimo precisamos fazer como Paulo fez. Ele contrastou o EXTERIOR com o INTERIOR. Se por fora, fisicamente falando, estamos morrendo a cada dia; por dentro, espiritualmente falando, estamos sendo renovados a cada dia. Se de fato temos relacionamento com Deus e cremos no seu poder, podemos vencer o desânimo que teima em nos mostrar que a corrupção é inegável. Todavia, se olharmos para além do que se vê naturalmente, teremos um renovo de ânimo, um reavivamento. Nossa existência não se resume no que é mortal. Paulo para vencer o desânimo também contrastou os sofrimentos da tribulação com a recompensa a ser desfrutada. Se colocássemos em uma balança o sofrimento presente com a glória a ser revelada, o sofrimento seria sem nenhuma expressão. Para vencermos o desânimo devemos colocar na "balança" o temporal e o eterno. Tudo que podemos ver e tocar, são temporais. Paulo deixou de prestar atenção apenas no que se podia ver e tocar, ele começou a considerar as coisas que se não podem ver e nem tocar. O que se pode ver e tocar duram apenas por um pouco, mas, o que não vemos e nem tocamos, os valores do Reino de Deus, são eternos. Se fizermos este exercício devocional, venceremos o desânimo. Não desanimemos, em breve haverá uma linda colheita!
Ricardo Mota

Um comentário: