terça-feira, 15 de junho de 2010

O DRAMA DOS PROFETAS
















O profeta Eliseu viveu com Elias os seus últimos dias. Antes de ser comissionado Eliseu trabalhava com seu pai Safate. Em decorrência da informação de que Eliseu lavrava com doze juntas de bois podemos concluir que Eliseu fazia parte de uma família próspera. Provavelmente Eliseu fazia planos futuros e estava incluso nos planos que seu pai fazia. Continuar cuidando dos negócios, administrando a fazenda e os servos domésticos e agrícolas que estavam diretamente relacionados nas atividades familiares. Mas, um dia, Elias lançou o manto sobre Eliseu. Este foi o sinal do chamamento de Eliseu para o ministério profético. Ele deveria ser o sucessor de Elias. Que tremendo!
Eliseu beijou seu pai, sua mãe e foi com Elias. O tempo era difícil. Havia clima de guerra. O rei Acabe era um péssimo rei, casado com uma péssima mulher. O povo padecia sob a ameaça do rei Ben-Hadade da Síria e padecia pelas ações malignas da família real. Elias e Eliseu faziam seu trabalho. Eliseu foi avisado de que o profeta Elias, seu mestre, iria ser recolhido por Deus. Elias foi enviado pelo Senhor até a cidade de Betel e sugeriu que Eliseu ficasse em Gilgal. “Não te deixarei, respondeu Eliseu”. Elias foi enviado a Jericó e sugeriu que Eliseu ficasse em Betel. “Não te deixarei, respondeu novamente Eliseu”. Ele estava focado. Estando os profetas andando e falando, eis que um “carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou...” Elias foi transladado. Sem nenhuma explicação. Eliseu vendo aquilo clamou: “Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!” Com tais palavras Eliseu reconhecia que a força de Israel não estava no seu exército mas, na mensagem profética. Eliseu voltou sozinho para casa. O profeta Elias tinha ido, mas, a palavra não. Eliseu deveria continuar o exercício para o qual Deus o chamara. Eliseu teria suas próprias experiências. Algum tempo depois, Eliseu ficou doente. Aquela enfermidade seria o instrumento para dar fim à vida terrestre e ministerial de Eliseu.
Eliseu recebeu uma visita ilustre. O próprio rei Jeoás foi visitá-lo. Jeoás não foi um bom rei, mas Deus o usou para consolar o profeta. Ao encontrar Eliseu, o rei chorou sobre ele e disse: “meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros.” Ele falou exatamente as palavras que Eliseu usou quando assistiu a partida do seu mestre Elias. Eliseu se sentiu consolado e fortalecido para profetizar mais uma vez.
O rei com aquelas palavras estava reconhecendo que a vitória não estava na força do exército mas, no poder da palavra profética. Eliseu ordenou ao rei que pegasse o seu arco e lançasse uma flecha. O profeta colocou suas as mãos sobre as do rei, e juntos dispararam aquele arco. A flecha foi atirada para o oriente em direção à Síria. Eliseu disse: “Flecha da vitória do Senhor...” Deus iria dar vitória ao rei Jeoás repetidas vezes sobre o rei sírio Hazael.
O profeta Eliseu morreu e foi sepultado. Mesmo morto, Deus honrou o profeta. Lançaram um cadáver na sepultura dele e, ao tocar seus ossos, reviveu o homem e se levantou sobre os pés. O profeta faria muita falta! Todavia, Deus é bom e misericordioso e iria vocacionar outros profetas, pois onde não há profecia, o povo padece e perece. Talvez aqui esteja o drama dos profetas. Isto porque, se assim é, se o profeta é tão importante porque o povo mata os profetas e apedreja os enviados de Deus (Lucas 13.34)? Mas trágico que isso seria o profeta não estar consciente disso!

Ricardo Mota

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