segunda-feira, 28 de setembro de 2009

FALANDO AO CORAÇÃO


Temos necessidade de ouvir sobre o amor de Deus. Ele, para nos fazer entender seu amor por nós, usa o casamento de um homem com uma mulher. Os princípios que devem ser observados no relacionamento conjugal não apenas garantem a felicidade dos cônjuges, mas, sobretudo revela um grande mistério. Sim, há um mistério revelado. O apóstolo Paulo diz que ao falarmos sobre o relacionamento conjugal nos deparamos com um mistério: Cristo e a igreja (Efésios 5.32).

Casamento não é simplesmente o resultado de uma necessidade física, não é meramente um meio para se preservar a espécie e tampouco uma forma de passar à frente a cultura e tradição. O casamento vai além, transcende a própria felicidade do casal, o casamento visa a glória de Deus. Este é o mistério. A união de um homem com uma mulher pode servir como fator revelador do grande amor de Deus para com a raça humana. O mistério é revelado nos princípios que regem a vida conjugal. Vejamos alguns princípios que devem ser obedecidos para a felicidade conjugal e para a glória de Deus. Deus disse: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias;20 desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR." Oséias 2.19,20.

Primeiro Princípio - A Legalidade. O compromisso do amor de Deus para conosco, mistério revelado no relacionamento conjugal é em "justiça e juízo. O relacionamento não é leviano, ele está relacionado com a justiça, retidão, direito. É questão de juízo, cuja palavra hebraica usada aqui significa diante de juízes. Para que um homem se casa com uma mulher, independentemente na cultura social ou religiosa, deve haver legalidade jurídica. Isto porque, tal atitude, tem significado espiritual. Deus, em Cristo Jesus, casou-se conosco em justiça e juízo. O casamento de um homem com uma mulher é um símbolo terreno daquilo que é eterno.

Segundo Princípio - O Amor. Benignidade é bondade em ação. A misericórdia é a ação em bondade. Isto traduz o que o amor. Amor é viver para o outro, é abnegação, é compromisso. Quando vivemos este princípio no relacionamento conjugal, revelamos o mistério. Deus nos amou e nos ama com benignidade e misericórdias. O casamento tem o dever de revelar isso.

Terceiro Princípio - A Fidelidade. A palavra hebraica para fidelidade se traduz por firmeza, estabilidade. Deus é fiel, pois não tosqueneja, não vacila, não muda. Para revelar isso aos homens cria o casamento e estabelece o princípio. Quando um casal vive na fidelidade, não apenas se vê livre da desgraça, mas, revela o mistério da fidelidade de Deus.

A grande recompensa em viver os princípios estabelecidos por Deus é poder "conhecer ao Senhor". Segundo as palavras do profeta Oséias mensageiro e a própria mensagem para revelar ao povo o amor de Deus, vivendo os princípios da legalidade, do amor e da fidelidade se conhecerá o Senhor. Isto quer dizer "intimidade com Deus". O verbo hebraico para conhecer (yada') significa intimidade. O mesmo verbo usado para descrever a intimidade de um casal casado. A intimidade de um casal que vive o princípio da legalidade, do amor e da felicidade é a relação sexual. Tal intimidade ilustra o cerne do mistério. Cristo e a igreja.

Sendo assim, casamento é mais do que um evento familiar, social ou religioso. Casamento tem um objetivo ainda mais suplime. Casamento é para a glória de Deus.


Na mesma fé



Ricardo Mota

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CONVICÇÕES ATÉ O FIM

Nas últimas palavras de um indivíduo se pode perceber e aprender muito do que ele foi e fez. Muitos vivem pouco e aprendem muito, outros vivem muito e aprendem pouco. Parte do poema de William Shakespeare diz: "Aprendi... Que ignorar os fatos não os altera;
Que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a
."
O conhecido personagem bíblico, Davi cujo nome significa "amado", aprendeu bastante. "São estas as últimas palavras de Davi: Palavra de Davi, filho de Jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do mavioso salmista de Israel." 2 SAMUEL 23.1
Não temos aqui as últimas palavras sobre Davi, mas, são as últimas palavras de Davi. Ele faz uma análise e confirma suas convicções. O fim chegara! Reconheceu que foi "exaltado por Deus". A convicção de que toda honra que recebemos é fruto da graça de Deus, livra-nos do ensoberbecimento e nos protege contra o triunfalismo. Davi entendeu isso. Teve convicção também da "unção de Deus". Davi entendeu que o Deus o dera uma missão. Unção nada mais é do que capacitação. Ninguém unge a si mesmo. Saber que fomos ungidos por Deus, nos responsabiliza na função a ser desempenhada. Uma outra convicção que Davi levou consigo para a eternidade dizia respeito ao seu relacionamento com Deus. Ele foi um adorador. Somos testemunhas de que Davi foi um "mavioso salmista". Ele adorou a Deus com excelência. Usou seus dons de musicista e compositor para bendizer a Deus durante sua vida. Até hoje usamos seus salmos e somos por eles edificados. Davi morreu. Eu e você, espero que demore, também morreremos. Quais as convicções que temos de nós mesmos? Caso não dê tempo de falarmos ou escrevermos sobre nós mesmos, o que dirão sobre nós.
Aqui jaz ......
Ricardo Mota

terça-feira, 15 de setembro de 2009

LINGUINHA MALDITA

Davi, o filho de Jessé, foi feito rei de Israel. Para quem lê e crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, sabe que foi unicamente por causa da graça e do poder de Deus, que aquele rapaz, pastor de ovelha, pôde chegar aonde chegou.

Embora, longe da perfeição, Davi foi uma pessoa bondosa. Quando assumiu o reinado mandou que buscasse Mefibosete, filho de Jônatas que era portador de dificuldades físicas, em ambos os pés. Quando ele era criança deixaram-no cair e, desde então, viveu com as limitações físicas marcantes. Davi, bondoso como era, deu ordens para que se restaurassem a ele, as propriedades do seu avô, Saul, que fora o primeiro rei em Israel. Davi mandou que trouxessem a Mefibosete para morar no palácio real. Querendo fazer mais bondade, enviou alguns dos seus servos para consolarem Hanum, rei amonita. Isto porque, Hanun chorava a morte de seu pai Naás. Davi, por amor do rei falecido queria mostrar seu favor ao filho enlutado. Que legal!

Mas, entra em cena a “lingüinha maldita”. Diz a Bíblia: “Mas os príncipes dos filhos de Amom disseram a seu senhor, Hanum: pensas que, por Davi te haver mandado consoladores, está honrando o teu pai? Porventura, não te enviou ele os seus servos para reconhecerem a cidade, espiá-la e destruí-la?” (2 Samuel 10.3). O rei Hanum não pensou duas vezes. Mandou que raspassem metade da barba dos servos de Davi e lhes cortassem as vestes até às nádegas. Que vergonha! Os servos de Davi ficaram “sobremaneira envergonhados” (2 Sauel 10.5). O final desta história é triste. Não menos de quarenta mil homens perderam a vida em batalha. Tudo por causa da “linguinha maldita” daqueles príncipes do rei Hanum.

Quantas desgraças acontecem por causa do mau uso da língua! Amizades são rompidas, igrejas são divididas, ministérios são enfraquecidos, famílias são desfeitas, mortes acontecem. “Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. (Tiago 3.3). Se colocássemos “freios” na nossa boca, ou seja, se pensássemos mais antes de falar, se falássemos depois de pensar; certamente, evitaríamos muitas coisas desagradáveis.

Infelizmente, de uma só boca procede bênção e maldição. "Meus irmãos, não é conveniente que estas cousas sejam assim." (Tiago 3.10).


Ricardo Mota

domingo, 6 de setembro de 2009

GRANDE DESAFIO

O profeta Ezequiel cujo nome significa “Deus fortalece” era filho do sacerdote Buzi. Entendemos que Ezequiel cresceu na expectativa de ser sacerdote como era o seu pai. Um sacerdote exercia seu ministério obedecendo aos turnos devidamente estabelecidos. O sacerdote era muito respeitado. Entendia-se que ele representava, diante de Deus, o seu povo. O sacerdote intercedia pelo povo intensamente; cuidava dos objetos sagrados, e oferecia, em nome do povo, os sacrifícios. Ezequiel queria ser um sacerdote. Mas, este sonho lhe foi tirado. O Império dos Caldeus invadiu Jerusalém, destruiu o templo, levou os objetos sagrados e deportou muitas pessoas, principalmente o rei, o sacerdote e suas respectivas famílias.
Em 597 a.C, Ezequiel estava morando em Tel-Abibe, situada no Canal do Rio Quebar; longe de sua pátria, longe de sua religião, do templo e dos amigos. Neste contexto desolador, em 593 a.C, Deus o chamou para ser profeta. Durante toda sua vida ele pensou que seria sacerdote, agora, Deus o chama para ser profeta. Ser profeta em uma terra distante, falar a um povo desanimado e, sobretudo, rebelde.
Como profeta ele deveria ser diferente. Não melhor que os outros, mas, diferente. Deus disse: ”... não te insurjas como a casa rebelde...” (Ezequiel 2.8). Se a rebeldia era a característica daquele povo por causa das circunstâncias adversas, Ezequiel não poderia coadunar. A rebeldia é um pecado gravíssimo. Insurgir conta Deus é algo terrível! Os contemporâneos de Ezequiel queixavam-se da justiça de Deus, estavam sem esperança, desmotivados, entristecidos e rebeldes. Vivendo em um contexto assim, Ezequiel deveria ser boca de Deus ao seu povo. Ele deveria ser obediente, apesar de tudo. Ezequiel teve uma visão inusitada. Ele viu um livro, escrito por dentro e por fora. Significa a Palavra de Deus. Uma palavra completa, sem espaço para observações ou acréscimos. Ele deveria comer aquele livro. Comer até encher as entranhas, até empanturrar-se. Depois, falar ao povo. O livro, na boca, era doce como mel. A doçura não era pelo conteúdo do livro, mas, por sua origem. Aquele livro era a Palavra de Deus. A experiência mais amarga da vida pode ser docemente satisfatória (Jeremias 15.16; Salmo 19.10; Salmo 119.103). Conforme outros textos como Apocalipse 5.1, entendemos que o tal rolo, embora doce na boca, era amargo no ventre. Isto porque, ao ser digerido, ele confronta estilos e valores que devem ser reconsiderados. Isto é um tanto quanto amargo.
Assim como Ezequiel, vivemos em um mundo cheio de desafios. Duas coisas devem nortear nossa mente e coração: sermos diferentes e obedientes, apesar de tudo.
Que Deus nos ajude!

Ricardo Mota