Ministrei uma aula sobre comunicação nos negócios, em que discutimos como diferentes tipos de ruído inibem a eficiência na comunicação interpessoal e de grupos. Um barulho súbito, fora da sala de reunião, pode interromper um conversa. Sirenes, barulho do trânsito, de construções na rua, desviam nossa atenção. Até uma cadeira mal lubrificada pode perturbar a fluência de palavras e idéias com seu chiado.
Outros tipos de “ruídos” afetam nosso desempenho. Temores e preocupações congestionam o fluxo do pensamento. Estresse e pressões inibem idéias criativas. Ciúme, ira, amargura e inveja produzem “ruídos” na mente, que afetam a forma de pensar e de expor. Mas apesar da sobrecarga dessas formas de barulho, acabamos nos acostumando, a ponto de, ao entrar em local silencioso, sermos tentados a buscar algo que quebre essa quietude.
Embora sendo uma praga, temos esquecido como é a vida sem barulho. Quietude e repouso já não são qualidades de vida que atraem. Mas é na calma e quietude que nos descobrimos criativos, quando idéias e visões têm tempo e lugar para tomarem forma, desenvolver-se, amadurecer e vir à luz. A Bíblia fala sobre a virtude de afastar-se do clamor circundante para pensar, meditar, refletir e recarregar as baterias mental, emocional e espiritual. Fugir do barulho nos permite:
. Realinhar nossas prioridades. Por que estamos aqui? Por que fazemos o que fazemos? São perguntas honestas que examinam nossa motivação interior, mas raramente são respondidas ou analisadas adequadamente em meio à correria e tumulto cotidianos. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus” (Salmos 46.10).
. Oportunidade de receber sabedoria divina. Quando buscamos orientação ou soluções para problemas difíceis, não existe outra fonte que nos dê discernimento a não ser Deus. “Descansa no Senhor e espera n’Ele... Espera no Senhor e guarda o Seu caminho” (Salmos 37.7;34).
. Refletir sobre princípios provados para obter êxito. Como o Supremo Arquiteto, Deus estabeleceu princípios para vida e trabalho, que já foram testados ao longo de séculos. Precisamos revê-los constantemente. “Não deixe de falar as palavras deste livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido” (Josué 1.8).
. Tempo para reafirmar nossas convicções. Talvez muitas das decisões antiéticas e escandalosas de grandes líderes pudessem ter sido evitadas se tivessem separado tempo para recolher-se e reconsiderar o impacto e alcance de suas ações. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
Por Robert J. Tamasy
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