terça-feira, 7 de julho de 2009

A PRAGA DO BARULHO

Labutamos em um mundo barulhento, onde uma cacofonia de mensagens rivalizam entre si, chamando nossa atenção e paralisando nossa capacidade de pensar. É o celular tocando para avisar da entrada de chamadas e mensagens de texto, o computador anunciando a chegada de novos e-mails, aparelhos de MP3 e iPods tocando nossas músicas favoritas e o som estridente de aparelhos de TV e rádio transmitindo músicas e enxurradas de palavras. Nunca antes na história da humanidade houve tantos falando tanto sobre tão pouco.

Ministrei uma aula sobre comunicação nos negócios, em que discutimos como diferentes tipos de ruído inibem a eficiência na comunicação interpessoal e de grupos. Um barulho súbito, fora da sala de reunião, pode interromper um conversa. Sirenes, barulho do trânsito, de construções na rua, desviam nossa atenção. Até uma cadeira mal lubrificada pode perturbar a fluência de palavras e idéias com seu chiado.

Outros tipos de “ruídos” afetam nosso desempenho. Temores e preocupações congestionam o fluxo do pensamento. Estresse e pressões inibem idéias criativas. Ciúme, ira, amargura e inveja produzem “ruídos” na mente, que afetam a forma de pensar e de expor. Mas apesar da sobrecarga dessas formas de barulho, acabamos nos acostumando, a ponto de, ao entrar em local silencioso, sermos tentados a buscar algo que quebre essa quietude.

Embora sendo uma praga, temos esquecido como é a vida sem barulho. Quietude e repouso já não são qualidades de vida que atraem. Mas é na calma e quietude que nos descobrimos criativos, quando idéias e visões têm tempo e lugar para tomarem forma, desenvolver-se, amadurecer e vir à luz. A Bíblia fala sobre a virtude de afastar-se do clamor circundante para pensar, meditar, refletir e recarregar as baterias mental, emocional e espiritual. Fugir do barulho nos permite:

. Realinhar nossas prioridades. Por que estamos aqui? Por que fazemos o que fazemos? São perguntas honestas que examinam nossa motivação interior, mas raramente são respondidas ou analisadas adequadamente em meio à correria e tumulto cotidianos. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus” (Salmos 46.10).

. Oportunidade de receber sabedoria divina. Quando buscamos orientação ou soluções para problemas difíceis, não existe outra fonte que nos dê discernimento a não ser Deus. “Descansa no Senhor e espera n’Ele... Espera no Senhor e guarda o Seu caminho” (Salmos 37.7;34).

. Refletir sobre princípios provados para obter êxito. Como o Supremo Arquiteto, Deus estabeleceu princípios para vida e trabalho, que já foram testados ao longo de séculos. Precisamos revê-los constantemente. “Não deixe de falar as palavras deste livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido” (Josué 1.8).

. Tempo para reafirmar nossas convicções. Talvez muitas das decisões antiéticas e escandalosas de grandes líderes pudessem ter sido evitadas se tivessem separado tempo para recolher-se e reconsiderar o impacto e alcance de suas ações. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).

Por Robert J. Tamasy


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