sexta-feira, 3 de julho de 2009

UMA IGREJA VIVA E ATIVA

Houve mais uma reunião da equipe pastoral em busca da edificação do povo de Deus. Desta vez meditamos em Atos 3.1 a 11. "Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera. Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atônito para junto deles no pórtico chamado de Salomão."
Evidentemente que muitas lições podem ser extraídas deste texto. Mas, considerando a dificuldade que enfrentamos para definirmos "quem somos?"; "onde estamos?" e o "que fazer?" Um texto como o mencionado acima pode nos ajudar sobremaneira nesta "crise existencial".
Pedro e João, discípulos de Jesus, tinham vencido a crise. Pedro não mais desejava se esconder atrás das colunas do templo e João já não estava trancafiado no cenáculo. Eles eram agora, representantes autênticos da fé plantada por Jesus, o Nazareno. Representam os crentes em Jesus. O que podemos aprender olhando para eles?
Primeiramente aprendemos sobre o caráter piedoso. O versículo primeiro diz: “Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona." Pode parecer muito simples, mas, sem uma vida disciplinada de oração, estamos fadados ao fracasso, se é que o fracasso já não é real... A oração significa relacionamento com Deus, revelando nosso “senso de insuficiência” ou total dependência de Deus. A “hora nona”, provavelmente três horas da tarde, era um bom costume. No horário do rush, como que uma ação subversiva ao materialismo ou ativismos, paravam para orar. Algo assim golpeia qualquer sentimento de auto-suficiência. Penso que o segredo para uma vida com propósito passa pela intimidade com Deus, pelo quarto com a porta fechada e coração aberto na presença de Deus.
Em segundo lugar, além do caráter piedoso, precisamos de ousadia. Ao irem orar no templo, Pedro e João encontraram um paralíco que estava esmolando à porta do templo chamada Formosa. Diariamente, alguém o levava e o colocava naquele lugar estratégico para se receber esmolas. Pedro e João não tinham naquele momento nem prata e nem ouro para ofertarem ao morimbundo, mas, não ter sempre à mão recursos financeiros, não significa não ter como ajudar. Pedro e João estavam cheios do poder de Deus. Foram ousados para se exporem. Pedro e João que algum tempo atrás queriam se esconder, agora dizem em alto e bom som: “olha para nós...”. O caráter piedoso, via de regra, gera ousadia.
Finalmente, em terceiro lugar, aprendemos sobre a “inclusão total”. O coxo que ali esmolava desde os primeiros dias de sua vida, não tendo nada mais do que o ficar sentado à porta do templo, sem o privilégio de adentrar, “de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus”. Pedro e João, representantes de uma igreja com propósito promoveu a inclusão daquele indivíduo. Ele pôde entrar no templo, louvar a Deus e se fazer acompanhar por dois importantes personagens da fé.
Como seguidores de Jesus não podemos nos olvidar.
Igreja deve ser viva e ativa. Ela será viva de cultivar seu caráter piedoso, será ativa se promover transformação e inclusão total na vida daqueles que estão estáticos sem forças para caminharem.
Mais importante do que termos um templo com porta formosa, é ver pessoas passarem por elas e, juntamente conosco, adorarem a Deus.
Ricardo Mota

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